28 dezembro 2007

Carreira profissional pode ser separada por etapas; veja quais são elas!

Por: Flávia Furlan Nunes
27/12/07 - 14h37
InfoMoney


SÃO PAULO - Na carreira, as pessoas passam por várias etapas. A primeira delas, de acordo com o headhunter da Case Consultores, Ricardo Nogueira, é a escolha do curso que será feito na faculdade. Se, no passado, a atividade profissional era passada por gerações, agora as pessoas têm liberdade de escolha, embora algumas famílias ainda determinem a profissão dos mais novos.

Para quem pode escolher, o headhunter orienta que olhe as profissões do futuro. "Um exemplo são os engenheiros especialistas para trabalhar em plataformas de petróleo. Eles possuem um grande mercado. Outra profissional em alta é aquele ligado à internet, ao comércio eletrônico e ao internet banking", disse.

Depois dessa etapa, o futuro profissional deve buscar boas faculdades e, durante ela, empresas júniores, para colocar em prática o que aprendeu. Muitas pessoas trabalham e fazem faculdade ao mesmo tempo, mas a dica é que a empresa seja do mesmo segmento. O estágio e o trainee são caminhos para uma possível efetivação e garantia de emprego depois da formatura.

Talento e iniciativa
Com essas duas características, os profissionais em início de carreira conseguem passar para a próxima etapa. "O talento e a iniciativa são os divisores de água para que a empresa veja o estagiário ou o trainee como um diamante bruto, que precisa ser lapidado". Para Nogueira, o talento é aquela pessoa que entrega tudo além do esperado, com melhor qualidade e prazo menor.

Ele ainda é aquela pessoa que dispara conhecimento sem precisar fazer barulho ou aparecer. Gestores e colegas sempre pedem sua ajuda e conseguem resolver problemas. Depois de contratado como funcionário da empresa, existe um caminho a ser seguido, uma estrutura nas empresas. Veja abaixo:
Analista: apenas executa a atividade. Dividido em júnior, pleno e sênior, sendo cada um desses níveis subdivididos em cinco work levels;


Coordenador/supervisor: tem responsabilidades na gestão de pessoas dentro da empresa;


Gerente: enquanto os estagiários seguem o caminho descrito acima, o trainee pode logo pular para esta etapa. Ele é responsável por uma área da empresa e tem as divisões júnior, sênior e gerente-diretor;


Diretor: já participa de reuniões importantes com o presidente e é responsável pelas filiais;


Presidente: é responsável pela tomada de decisões importantes.
De acordo com Nogueira, poucos chegam à posição de presidentes. "Essa estrutura é a mesma nas empresas, alguns profissionais pulam as etapas por mérito e a nomenclatura pode mudar", disse.

Carreira esfriando
Isso pode acontecer porque o profissional não atingiu aquilo que desejava. Ele se frustra e se desmotiva, seja por falta de empatia com o grupo da empresa, seja porque não se especializou ou não acompanhou o mercado. "Eu culpo o profissional por isto e acho que ele é que deve buscar novos desafios, já que deixou a situação chegar a este ponto", afirmou o headhunter.

Depois de ter passado por várias empresas ou ter "dado certo" em uma, é hora de se aposentar. O sonho de ir descansar é privilégio daqueles que têm segurança financeira, mas não se enquadra para os workaholics - que ficam depressivos quando param - e para quem precisa de dinheiro. "Alguns profissionais pedem para voltar para a empresa, outros são chamados de novo para trabalhar, alguns são proibidos de sair".

Dentre aqueles que são chamados para trabalhar, Nogueira cita os do ramo automobilístico, que não tiveram tempo para treinar sucessores.

Vida profissional: dupla gestão deve ser como um casamento

Por: Flávia Furlan Nunes
28/12/07 - 10h55
InfoMoney


SÃO PAULO - A hierarquia nas empresas parece um funil. Se existem diversos funcionários para fazer o trabalho mais mecânico, normalmente há apenas um executivo. Em alguns casos, porém, faz-se necessária a presença de outra pessoa para "tocar" os negócios. É neste momento que acontece a dupla gestão.

Quem pensa somente nas vantagens do cargo, como um excelente salário e mais liberdade, está se iludindo. Responsável por tudo aquilo que acontece na empresa, o presidente tem muito trabalho. Por isso, de acordo com o headhunter da Case Consultores, Ricardo Nogueira, quando as tarefas são muitas, é preciso chamar outra pessoa para ajudar. "Eles dividem as funções quando uma pessoa não dá conta. Deve ser como um casamento".

Conflitos
Segundo o headhunter, como são duas pessoas cuidando do negócio, podem acontecer conflitos de opiniões. "Mas as brigas são poucas porque quando o 2º presidente é contratado, o 1º tem que apoiar a decisão. A escolha também é feita por ele". As decisões devem ser tomadas em conjunto, sem que um rebata aquilo que o outro realizou. A dupla gestão precisa ser baseada no respeito.

Em alguns casos, os conflitos ainda são minimizados pelo fato de os presidentes dividirem as decisões. Numa empresa de publicidade, por exemplo, enquanto um fica responsável pelas finanças e administração, por ter o perfil mais conservador, o outro responde pelo marketing e produção, por ser mais arrojado.

Dupla gestão
Existem várias situações que levam à dupla gestão. Ela pode acontecer, segundo o headhunter, quando a empresa não está indo bem, sem que a culpa seja do presidente, e chama-se um consultor para ajudar a recuperar a situação. "Quando a empresa se recupera com o planejamento estratégico novo, o consultor continua na empresa e faz uma dupla gestão".

Outro ponto em que pode ocorrer a dupla gestão é quando existe uma pessoa muito boa na sucessão, que tem experiência suficiente, comportamento adequado e todos os requisitos para ocupar o cargo pela personalidade. "O objetivo, a partir daí, é que as decisões sejam tomadas em conjunto, em parceria. Eles devem pensar juntos e jogar juntos".

Sócios
A dupla gestão também ocorre quando a empresa é fundada por mais de uma pessoa: os sócios. Neste caso, tome cuidado com o profissional escolhido. Uma das premissas para o negócio dar certo é a harmonia. Ter os mesmos objetivos e saber discutir o momento de expandir ou quando parar devem ser decisões conjuntas. Por isso, o melhor é apostar em alguém com competência e de confiança.

A pessoa que dividirá um negócio com você deve ter habilidades que complementem as suas. Verifique a compatibilidade de gênios. Além disso, avalie as qualidades e defeitos do candidato, para saber lidar com eles.