30 janeiro 2007

Tarifa, taxa, CPMF: qual a diferença e quando podem ser cobradas?

Por: Adriele Marchesini30/01/07 - 14h14InfoMoneySÃO PAULO -

Tarifa, taxa e até CPMF. Essas nomenclaturas são comuns quando se fala em conta corrente. No entanto, poucos sabem a diferença entre elas e, principalmente, quais são as cobranças autorizadas pelo Banco Central.Antes de tudo, vale lembrar que, no caso da conta-salário, não pode ser cobrado qualquer tipo de tarifa.Tarifa x taxaConforme o BC, a tarifa é a remuneração do banco por um serviço que prestou ao cliente.

A taxa, estabelecida pelo Banco Central, é paga por conta de um determinado serviço público, podendo ser cobrada apenas nos seguintes casos:

Devolução de cheque pelo sistema de compensação (R$ 0,35, destinados à Câmara de Compensação);

Solicitação de exclusão de nome do Cadastro de Emitentes de Cheque sem Fundos - CCF (R$ 6,82, destinados ao Fundo Garantidor de Crédito - FGC).

CPMFAlém de tudo isso, existe a Contribuição Provisória por Movimentação Financeira, a CPMF, que, em breve, pode se tornar permanente.Atualmente, a alíquota é de 0,38% sobre cada transação. Como é um tributo e, portanto, é de responsabilidade da Receita Federal, a CPMF não se aplica aos regulamentos das tarifas bancárias e pode ser cobrada, inclusive, das contas-salário.

Concessões gratuitasExistem ainda determinados tipos de serviço que devem ser prestados sem qualquer custo para o cliente. Por exemplo, aquela velha dúvida: cartão de débito, cheque ou os dois?Segundo normas do BC, a instituição financeira é obrigada a conceder alguns desses serviços sem custo adicional. Caso o consumidor queira ambos, ela pode cobrar a mais.Outros serviços

Veja abaixo outros serviços pelos quais não podem haver cobranças:

Fornecimento dos documentos que liberem garantias de qualquer espécie;
Manutenção de contas à ordem do poder judiciário e de contas decorrentes de ações de depósitos em consignação de pagamento;
Devolução de cheques pelo Serviço de Compensação de Cheques e Outros Papéis. No entanto, a cobrança é permitida quando a folha volta por falta de fundos na conta;
Manutenção de conta de poupança - exceto das inativas. São consideradas inativas aquelas com saldo igual ou inferior a R$ 20 e não apresentem movimentação pelo período de seis meses;
Fornecimento de um extrato mensal.

As permitidasSegundo o BC, são permitidas tarifas relativas aos serviços listados no quadro demonstrativo do banco. Vale lembrar que produtos gratuitos detalhados acima, assim como as contas-salário, são livres dessas cobranças.
No entanto, o banco deve fornecer informações detalhadas sobre essas cobranças - tanto no extrato bancário, neste caso, sobre os débitos feitos - quanto em suas agências, sobre periodicidade e política utilizada.
Tais dados devem estar obrigatoriamente afixados em local visível ao público, com 30 dias de antecedência do início da cobrança ou da alteração de valores.

http://web.infomoney.com.br//templates/news/view.asp?codigo=641525&path=/suasfinancas/

24 janeiro 2007

TV de tela plana: veja quando optar por LCD ou plasma

Por: Flávia Furlan Nunes
24/01/07 - 16h50
InfoMoney

SÃO PAULO - Para quem tem condições financeiras, a compra de uma TV de tela plana pode se tornar uma realidade. Mas, como ninguém gosta de gastar dinheiro à toa, é bom saber quais são as melhores escolhas: LCD ou plasma?

Muitos fatores devem ser levados em consideração na hora da compra da televisão de tela plana, além da quantia que você contém disponível. Você sabe quais são estes aspectos?

Tamanho do ambiente
O local em que será assistida a televisão deve ser considerado na hora da compra do aparelho. Para uma sala em que as pessoas ficarão de 2,5 metros a 3 metros de distância da tela, o ideal para uma boa visualização seria a televisão de 42 polegadas.

Em áreas maiores, em que os telespectadores ficarão a uma distância maior do aparelho a ser comprado, considere uma televisão de 50 polegadas, tamanho ideal para uma boa visualização.

LCD: luminosidade e posição
A televisão de LCD é mais indicada para ambientes com intensa luminosidade, como aqueles em que existem grandes janelas ou lâmpadas fortes. Isso porque ela tem luz intensa e o excesso de luminosidade não afeta a transmissão.

Com relação à posição, a LCD é mais indicada quando o ambiente permitir que o telespectador fique exatamente no ângulo reto em relação à TV, ou seja, em frente a ela. Quanto mais na diagonal estiver, pior! Com isso, quando atingir 170º, a perda de nitidez se acentua e é quase impossível assistir à programação.

Plasma: nitidez no escuro
Os televisores de plasma, ao contrário dos de LCD, devem ser utilizados em ambientes mais escuros, quando há melhora na qualidade de transmissão. Para quem pretende reproduzir um ambiente de cinema em casa, esta é a melhor opção. A taxa de contraste deste aparelho é superior ao de LCD e, quanto mais escuro for o ambiente, a imagem se tornará mais nítida.

A posição do telespectador em relação ao televisor não se afeta na hora de assistir a uma TV de plasma. Isso porque o problema entre a angulação e a pessoa simplesmente não existe.

Valores
Como toda novidade no mercado, as televisões de tela plana chegaram a custar R$ 10 mil no Brasil, para um modelo de 42 polegadas. No entanto, já podem ser encontradas por R$ 4 mil. Segundo dados do Diário do Comércio, os valores se estabilizaram e não existe mais espaço para uma diminuição de valor para o consumidor final.

TVs no mercado não estão prontas para modelo digital
Segundo dados do governo, o lançamento da TV Digital no Brasil será apenas em 03 de dezembro, quando a primeira transmissão poderá ser feita. Então, se o objetivo é reconhecer os sinais digitais, é melhor deixar a compra para mais tarde, na metade do segundo semestre deste ano, quando as TVs adaptadas já estarão no mercado.

De acordo com dados do Diário do Comércio, o chip que permite a recepção de sinais digitais ainda não está a venda nem instalado nos televisores vendidos no Brasil. Isso ainda não acontece porque o modelo japonês escolhido pelo governo para transmissão ainda passará por mudanças.

Por isso, ainda existe um ponto a ser analisado pelo consumidor antes de comprar a TV de tela plana tão almejada. Ainda será necessário gastar com o conversor de sinal (setop box), o qual poderá custar caro.

O diretor da Texas Instruments para o Brasil, Antonio Motta, diz que a previsão de custo de R$ 80 para os conversores não existe mais. "E o preço ficará muito mais alto, entre R$ 300 para o modelo mais simples, sem recursos, e R$ 800 para o mais sofisticado, que permite interatividade".